Além da janela...

sábado, 14 de junho de 2008

“Hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás”





O pensamento é capaz de impulsionar atos diversos. Por ele somos movidos e levados a agir de formas inesperadas. Lidar com situações não é fácil, nunca será. Quando somos ameaçados de alguma maneira, algo dentro de nós é acionado. Pode ser algo simples ou até perseguição. Somos treinados para lutar contra qualquer mau ou corrupção.

Durante 1968, pessoas presenciaram uma explosão cultural, comportamental e principalmente política. Uma das personalidades que se destacou, devio ao seu pensamento foi Che Guevara. Suas idéias humanas , mas ao mesmo tempo revolucionárias, impulsionaram milhares de jovens. A necessidade de se munir de confiança e "dureza", tomava o coração de jovens militantes, contra um mau que parecia inabalável: A OPRESSÃO.

Che Guevara, é um exemplo de dedicação a uma causa. Se abster de bens materiais, boa vida e tudo mais que necessitasse, não é fácil. Lutar pelo que se acredita pode ser no minimo arriscado. A vontade de fazer acontecer, é capaz de impulsionar milhares de pessoas, como algo contagioso e até durar gerações.

Se coloca em contradição constantemente sua personalidade. Mas afinal, quem consegue sempre ser a mesma pessoa? E qual seria o preço pago por tanta luta? Che Guevara foi morto, mas seus ideais ainda são lembrados. São pessoas assim, que fazem do mundo um lugar diferente. Mesmo dentro de sua esfera social, são capazes de impulsionar verdadeiras revoluções. Ficamos com a admiração, enquanto esperamos a restauração interior. A única capaz de transformar verdadeiramente o coração dos homens.

1968 - O ano que não terminou.


Neste livro, Zuenir Ventura faz uma interessate reconstituição do ano de
1968, quando no dia 13 de dezembro, sexta-feira, foi editado o AI-5. Acreduto
que , a obra não se prende apenas a esse fato. Nos leva a viajar numa época de
heróis e de carrascos, de seus dramas e paixões, de suas lutas, suas vitórias, suas
derrotas. Este livro não pode ser classificado como um de história; é, na
verdade, um romance que vem da realidade: o retrato de uma geração que,
como no resto do mundo ,queria fazer uma revolução em todos os sentidos, mas
que .pelo menos aqui ,não conseguiu mais do que uma revolução cultural.

Começa falando de uma festa de réveillon, Zuenir mostra como, desde as
primeiras horas, 1968 já se fazia bastante diferente e marcado por audaciosas
experimentações, tanto na política como no comportamento. Testemunha e
participante do turbilhão que estava acontecendo, o autor ,de posse de um texto
muito atraente , conta com muita sensibilidade, como funcionavam e agiam o
PCB, as organizações estudantis (UNE, UME, entre outras), o movimento dos
intelectuais (artistas, cantores, compositores, cineastas). Além disso, o livro
transporta o leitor para o ambiente dos principais acontecimentos do ano, com
riquesa de detalhes e grande precisão. Incluem-se aí as passeatas realizadas, o
assassinato do estudante Édson Luís, a Sexta-feira Sangrenta, a Marcha os 100
Mil, o XXX Congresso da UNE em Ibiúna, a reunião que decidiu pela
implantação do novo Ato Institucional
Acima de tudo, Zuenir quer mostrar que a história de 1968 não termina aí.

Ela, na verdade, começa. O AI-5, tradução dos acontecimentos políticos,
culturais e sociais do período, durou dez anos , muito mais do que os cinco ou
seis meses previstos por Costa e Silva; seus efeitos mudaram gerações, a de
então e as que viriam.Podemos certamente afirmar que, as mudanças alcançadas
naquela época, possuem grande influência até hoje. Ao ler o livro, é possível
perceber.
.


A vítima
Estava em casa e resolvi ir até o mercado. Arrumei a casa naquele dia e ainda estava animada. Fui até a parada e aguardei o ônibus chegar. Fiquei muito feliz ao encontrar lugares para me sentar.
O caminho era longo, fiquei observando os outros passageiros. No fundo, havia o homem sério, preocupado e ansioso. Pude perceber apenas olhando. Os outros passageiros eram mulheres.Percebia em cada uma um objetivo. Ir ao cinema, fazer compras, encontrar o namorado ou apenas passear.
Fizemos nossa primeira parada. O homem se levantou. Pensei que desceria. Passou por mime olhou dentro dos meus olhos. Nos encaramos por algum tempo, até que sacou uma arma. O medo tomou conta do ônibus, eu estava assustada e não sabia como agir. O assaltante passava um rancor no olhar. Uma senhora que se escondeu, conseguiu ligar para a polícia. O ônibus foi cercado.
O motorista foi o brigado a parar. O bandido não conseguiu roubar muito. Éramos poucas eaparentávamos não ter muitos pertences. Tinha a sensação de que ele, frio, não se importaria de nos matar para sair do cerco policial.
Me assustei quando me pegou pelos cabelos e me levantou. Fomos até a porta. O policial ochamava de Paulo, facilitando as negociações. Todas as tentativas de aproximação não funcionaram. Paulo pediu um carro. Exigiu mão ser perseguido. Me senti aliviada naquele momento. Pensei que provavelmente me soltaria, iria embora e poderia enfim, voltar para casa.
Para a minha surpresa, Paulo se entregou. Até hoje me pergunto o que se passava em suacabeça, para agir de maneira tão surpreendente. Um policial me perguntou como estava. Meu choro respondia qualquer pergunta. Eu só queria voltar para casa.


O policial
Hoje foi um dia diferente para a cidade de São paulo. Um homem de trinta anos assaltou umônibus com dez passageiros. Segundo relatos das vítimas, o homem entrou no ônibus como umpassageiro qualquer, os abordou no meio da viagem e começou a tensão. Não foi possível ouvirasconversas entre as vítimas e o seqüestrador , apenas imagens eram registradas pela imprensa.
Margarida Pessoa estava lá. Ela nos contou que foi ameaçada pelo seqüestrador no momentode sua fuga. Com medo da reação da polícia , ele se entregou. Quando foi examinado , nenhumdinheiro foi encontrado.Para a polícia, esta foi mais uma ação de desespero, um jovem comum,pobre, que não sabia como agir com a própria vida.
As vítimas foram levadas para prestar depoimento e o seqüestrador está preso. Ainda nãoforam divulgados os depoimentos do motorista e do cobrador.

O preço de uma verdade


O filme sobre Stephen Glass, gira em torno de uma atitude e consequências que pode trazer.Por ser muito falante e persuasivo,Glass conseguiu destaque nas reuniões de pauta do The New Republic. O filme mostra detalhes de um fato que até mesmo o próprio jornalista tentou esconder. O brilho do repórter começou a desaparecer quando se propôs a escrever sobre a vida de um hacker.A reportagem mostrava uma série de provocações, e chantagens feitas pelo jovem.
Outro jornalista, frustrado por não conseguir cobrir tal reportagem, resolve investigar Glass. Adam descobre toda a armação feita em torno da matéria.Para lidar com informação é necessário ter acima de tudo seriedade. Um homem que tem coragem de inventar uma reportagem não merece a admiração de ninguém. Não é difícil encontrar, hoje, pessoas inventando matérias que chamem a atenção do público. Assuntos que “estão na moda” despertam o interesse das pessoas, levando jornalistas a fazer coisas dese tipo.Em entrevista à Associated Press , Glass revelou: “ Eu me detestava. Não me achava bom como jornalista, como filho, como irmão, como amigo, como namorado. Acho que enganei aspessoas para elas pensarem boas coisas de mim.”

O labirinto complexo onde ele se meteu é mostrado no filme quando, mesmo depois dos primeiros indícios de fraude, tenta sustentar aexistência de todas as pessoas e situações narradas em suas matérias “ Para cada mentira que eu contava, era necessário outrapara sustentá-la. Assim, era uma sobre a outra” , diz ele.
É possível extrair do exemplo de Glass, o quanto ética no jornalismo é importante e que sem ela não teremos profissionais capazes de cumprir corretamente o papel do jornalista.

O caso Welles


O caso Welles foi um exemplo de coragem e capacidade de manipulação. Lidar com pessoas é sempre tarefa complicada. O jornalistadetém o poder de mostrar os fatos e até mesmo manipular opiniões. OrsonWelles foi ousado e soube usar todos os recursos que possuía.


A maneira como abordou o assunto foi curiosa.Um programa derádio normal, que vai se tornando um bombardeio de informações assustadoras é brilhante. A intenção era surpreender as pessoas de umaforma que ninguém esperava. O aviso de que o programa não era real ocorreu apenas no inicio e no fim, logo, a intenção era realmente iludir osouvintes e deixá-los viajar entre músicas e sustos.

Ao mesmo tempo que era brilhante, Orson Welles era tomado pela inconsequência. Deixar uma cidade em alerta é arriscado. Tudo isso serviu para confirmar que, as pessoas confiam muito nos meios de comunicação,na época o rádio. Uma informação pode fazer estragos, principalmente na época que a tensão era grande devido à gerra.

A manipulação de informações não precisa ser tão divulgada como nesse caso. Podemos perceber em pequenas palavras divulgadas na televisão , em jornais e principalmente na internet. A manipulação da mida ascende ou derruba as pessoas, de acordo com o interesse de quem produz.O que se pode concluir é que cada vez mais, a mídia exerce um papel fundamental na sociedade e é capaz de promover verdadeiras revoluções.

Ética e Jornalismo

O jornalista carrega o dever de manter as pessoas informadas. Ele se torna referência de credibilidade. Cada pessoa possui uma conduta, mas as que escolhem ser jornalistas devem vijiar suas ações.

Ser ético torna-se algo ímpar na vida de um jornalista. Seria bom se a teoria funcionasse como na prática, mas não é bem assim. Alguns profissionais da área, buscando destaque, acabam colocando a carreira em jogo. Inventar notícias , acontecimentos e relatos foram as armas escolhidas por Orson Welles e Stephen Glass.

Orson Welles criou uma ilusão. Uma invasão à Terra. Milhares de pessoas foram enganadas e colocadas em alerta. O programa e seu roteiro foram excelentes, mas a ética foi esquecida. Os avisos e pistas que foram dados certamente passaram em branco. Correto ou não, Orson Welles ficou conhecido. Ao meu ver, foi um exemplo de falta de coerência e ética. As conseqüências que podia causar foram deixadas de lado, afinal, o programa foi ao ar.

Não era só antigamente que pessoas brincavamde iludir os outros. Stephen Glass tinha tudo que um jornalista gostaria, menos ética. Inventou matérias, enganou pessoas, faltou com o compromisso ético.

Acredito que informar não é para qualquer um. O compromisso com a verdade deve existir. Em que lugar estaríamos se até nossas fontes de informação fossem falsas? No caos, certamente. Mesmo assim, somos surpreendidos com casos de incoerência e desrespeitocom o público. Esses não foram os primeiros e nem serão os últimos casos. Falta caráter no jornalismo. Afinal, estamos lidando com a formação de opiniões. Os profissionais do amanhã devem seguir uma carreira séria. Um jornalista ético pode ter algumas dificuldades pelo caminho, mas nunca perderá a confiança daqueles que o fazem profissional: seu público.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Para começar...



Primeiro post... que emoção! Para que ainda não me conhece, sou estudante de Jornalismo. Certamente irão encontrar alguns textos que fiz na faculdade. A finalidade desse blog é explorar os mais variados pontos de vista, coisas que muitas vezes deixamos passar em branco. Detalhes da vida, corrida e que geralmente nos impede de parar para apreciar as coisas mais simples. Me deparo sempre com situações que merecem ser registradas. Então, este é o espaço. Opine, observe e reflita!
 
©2007 '' Por Elke di Barros